PIGMEUS DO MONDEGO - from citemor to freixieiro MR#1
Audio With External Links Item Preview

Share or Embed This Item
- Publication date
- citemor august 2009 / freixieiro august 2010
- Topics
- Markus Breuss, Katsunori Nishimura, Citemor, Samuel Ufus, Mondego, Nilo Gallego, Xarhope, Tontura Rural, experimental, mondega records, freixieiro, pedra da sé, Tábua, Montemor o velho, Guilherme Barbosa, armonica, água, river, rio, Ana Cortés, Noemí Fidalgo, Coimbra, improviso, aleatoridade, jangada, performance, happening, aquatic orquestra, galochas, gaita de foles, assobio, netlabels, field recordings, torre, minson
- Item Size
- 73.6M
"Pigmeus do Mondego" was a performance (musical jangadas improvising along the river) that happened in Montemor o Velho at CITEMOR Festival in 2009. I, a "pigmeus do Mondego" too(as i passed my childwood close to mondego river) became in love with the material recorded in this performance and after being in contact with Nilo Gallego, the mind behind this performance, took the audio from the videos recorded during the "happening" and remixed it in a way to mix the PIGMEUS DO MONDEGO spirit and the TONTURA RURAL spirit. The songs "zzFreixieiro part1" e "zzFreixieiro part2" are passed one year after the Citemor performance of nilo gallego, by this time it happened in Freixieiro, a river bank close to the village of Tabua, TONTURA RURAL area, xarhope and minson are playing in this track close to "pedra da sé" , the place where lives the Mondego "adamastor".
Samuel Ufus
www.myspace.com/mondegarecords
www.facebook.com/mondegarecords
Crónica a proposito da performance "Pigmeus do Mondego" por Cláudia Galhós:
Lá ao longe, avista-se a primeira jangada. Surge o primeiro homem-água. Vem da cidade da escuridão. Aquela que se perde no negrume que a vista não alcança. Faz-se de corpo em movimento, em equilíbrio precário, em cima do pequeno quadrado de madeira. Nilo Gallego chamou-lhes «Pigmeus do Mondego». São imagens que constroem a aparência de uma ilusão, que se faz da simplicidade dos elementos da natureza habitados pelo homem, o homem criativo, que constrói paisagens sonoras e paisagens de revelação ao olhar. Compõem-se com o desarmante banal gesto de fazer habitar pela vida, e pela melodia da música, um lugar natural que os tempos da contemporaneidade deixaram abandonados.
A ausência da ausência, afirmada nesta presença tão humana e deliciosamente simples, é o gesto que instala, de forma categórica, a experiência poética. A paisagem da cidade dos homens-água, assim estranhamente assim tranquilamente, habitada por música e por imagens fugazes, opera a transformação do sentido do lugar. Restitui-lhe a carga que a história guardou apenas como memória. Ou como esquecimento.
Ouviram-se gargalhadas no Mondego. Por baixo da Ponte de Alagoa, canoas navegaram em bando, como patos, atrás da gaita de foles que girava hipnoticamente em redor da sua base, ocupadas por remadores e músicos locais, alguns da Banda Filarmónica de Montemor-o-Velho.
As águas servem o ritmo da noite, em constante derivação entre a tempestade e a tranquilidade. A aproximação ao silêncio, sem lá exactamente chegar, e a aproximação à catástrofe, aos caos, sem exactamente lá chegar, fizeram destes «pigmeus» uma comunidade temporária com variações rítmicas próprias. A cidade dos homens-água desenhou a traços brutos de paus cravados na terra a fisionomia de um lugar concreto, que é este de Montemor. É um projecto quase oferenda de escuta generosa e sensível do lugar. De construção de um estar que entra em sintonia com o que naturalmente existe, como se lhe restituísse uma vida que lhe pertence mas que está ausente. Daí esse acto performativo tão fortemente poético de criação instaurar uma experiência de ausentar a ausência. Os elementos cénicos, que acrescenta ao que já existe, são iluminações sobre um olhar que amplia os sentidos possíveis abertos à imaginação. Com as jangadas, as canoas, os instrumentos e músicos flutuantes, o vídeo quase realista e risível sobre o pilar da ponte ou os meros mergulhos e brincadeiras na água, abre as portas para o mundo que se esconde na penumbra da noite, como se mergulhássemos para além do que os olhos não vêem mas nesse movimento de imaginação não deixássemos de tocar o humano.
Notes
CREDITS: "pigmeus do mondego" Citemor 2009:
Nilo Gallego: Dirección, espacio sonoro, percusión en el agua y manipución electroacústica.
Noemí Fidalgo: Gaitas, percusión en el agua.
Ana Cortés: Trombón, percusión en el agua, construcción de objetos sonoros flotantes.
Raul Alaejos: Video y proyección, percusión en el agua.
Varis Fuertes: Homem invisível, conducción de las balsas.
Pedro Sousa Coias: Dirección tecnica, construcción de balsas.
Músicos invitados
Katsunori Nishimura: percusión, voz.
Markus Breuss: Trompetas, percusión.
Guillerme Barbosa: armónica
José Dias: Pescador
Pedro Miguel y Mario Neves: conducción de las balsas.
Andreia y jessica: Moon river.
Gaiteros: Ignacio Martinez, Saul García, Sinead Conolly, Jessica, Joana, Joâo, Mariana, Mariana Pardal, Mariana Vizinha, Rafael Nobre, Ruben, Tiago.
Club do Infante Montemor: Piragüistas
Grabación video: Hugo Barbosa y Pamela Gallo, Adán Santiago.
Edición video: Raúl Alaejos y Nilo Gallego.
Samuel Ufus: remistura do material audio a partir dos videos.
CREDITS: "Freixieiro part1 & part2" tontura rural 2010:
Minson: risadas, corno, mandolin, djambe, pedras, garrafa de vidro, agua do rio...
Xarhope: canticos, mandolin, djambe, ferrinhos, garrafa de vidro, agua do rio...
- Addeddate
- 2010-08-26 11:35:59
- Boxid
- OL100020602
- Identifier
- PigmeusDoMondegocitemor2009-1-APescaDaHarmonica
- Source
- MONDEGA RECORDS
- Taped by
- samuel ufus
- Year
- 2009
comment
Reviews
1,062 Views
2 Favorites
DOWNLOAD OPTIONS
IN COLLECTIONS
Mondega RecordsUploaded by MONDEGA RECORDS on